quarta-feira, 30 de junho de 2010

Impressões da época de desenho de Formas

Retas, curvas, espirais, simetrias, leminiscatas... Como algo tão visual, físico me causou tamanho desconforto inicial por não conseguir realizá-las esteticamente como eu gostaria.

Como o passar da época fui me permitindo vivenciar cada forma e ver como elas me transformavam e eu as tranformava também.

Ainda  temos uma relação longa a ser estabelecida até que eu possa ter
a amplitude das retas,
o aconchego das curvas,
a flexibilidade do padrão rítmico,
a leveza da onda,
a busca do centro, do EU com o labirinto.

domingo, 27 de junho de 2010

4º ano F - Escola Pinheiro

Os alunos com os quais trabalho no Colégio Pinheiro.

Treinamento de graduados em Limeira - 27 de junho

Bom, estar com o pessoal do Iuna é sempre um privilégio!
Primeiro porque nesses 15 anos aprendi a amar esse grupo, com seus ideais, treinamentos, filosofias....
O treinamento foi mto bom!

Olha o por do sol!!!!!!
Wilian - Meu companheiro de aventuras. Quando ele vir essa foto vai me matar

Palestra do Mestre!
Graduados que treinaram. Foto de longe porque estavamos todos imundos.
Grande Contra/Mestre PaçocaAlunos de São Paulo no treinamento em Limeira.

Eu e a Lara sempre

domingo, 20 de junho de 2010

Os melhores momento no escotismo são:

- Sua promessa;

- Obter a sua insígnia máxima;

- Cantar em uma fogueira;

- Portar com muito orgulho o seu uniforme, e sobretudo o seu lenço;

- Fazer atividade debaixo de chuva;

- Montar acampamento depois de uma longa caminhada;

- Fazer amigos;

- Poder ajudar a todos, estando Sempre Alerta;

- Contar piadas, mesmo que já tenham sido contadas em diversos outros acampamentos;

- Deitar ao chão para apreciar as estrelas;

- Levar um amigo para ser escoteiro;

- Contar estórias nas noites de atividade;

- Rir de seus próprios tombos e escorregões na lama;

- Ensinar algo aos escoteiros menores;

- Fazer bons trabalhos e estar satisfeito;

- Cantar com braços entrelaçados ao final de grande eventos;

- Aproveitar o aniversário do seu grupo como se fosse o seu proprio ;

- Tomar um longo banho ao retornar de um acampamento;

- Saber o que fazer para socorrer quem necessita;

- Esquentar-se com os companheiros quando faz frio nas atividades;

- Escutar o eco do nosso Sempre Alerta!;

- Reconhecer a obra de Deus convivendo na natureza;

- Sentir que não está sozinho;

- Saber bem o que significa - "Irmão Escoteiro";

- Não ter vergonha em chorar nas cerimônias;

- Dar o grito de sua patrulha;

- Compartilhar o que você tem;

- Se perder numa mata, saber como encontrar o caminho;

- Comer chocolate na barraca antes de dormir e depois dormir sem escovar os dentes e não ficar com sentimento de culpa por causa disso;

- Ver que seu velho uniforme já não lha cabe muito bem;

- Comer salsichas com macarrão por anos, como menu principal;

- Servir sem esperar retorno;

- Pensar que envelhecerá e seguirá sendo escoteiro;

- Ter amigos de lugares muito distantes, e ainda que saiba que nunca poderá encontrá-los novamente, lembrar deles com muito carinho;

- Relembrar de um último abraço como o primeiro de uma grande amizade;

- Compartilhar este e-mail com um amigo Escoteiro .

Loja Catavento

Depois de uma aula de Desenho de Formas que me deixou arrasada. Fui relaxar minha mente numa linda loja de brinquedos pedagógicos. Na verdade nem sabia que era de brinquedos. Fui pq desde a época retrasada no Seminário queria ir comprar um giz de cera no formado de tijolo. Minha colegas havia me indicado essa loja. Aproveitei então a hora do almoço pra ir! Quando entrei fiquei super empolgada!
A loja é uma grande animação para os olhos, ouvidos, tatos... enfim para os órgãos sensoriais.
Vale a pena ir para quem tem interesse por criança e tudo o que tem a ver com o mundo infantil.
Fui na loja em Moema, na Rua Vieira de Moraes!


quarta-feira, 16 de junho de 2010

Pensando

" O presente que podemos dar às crianças não é o nosso saber, mas, ajudá-las a descobrirem o próprio. "

Pois é, dando aula eu sempre me pego (peco, também), pensando nisso! Em como as crianças estão diferentes, maduras em algumas coisas, imaturas em outras e nós educadores lutando para tentar fazer o melhor. Para dar um saber que nem não sei se tenho, mas que sei que tenho que oferecer. O meu saber não serve mais para ele, então tenho que ensiná-los a descobrir o seu, mas nada é tão fácil como parece quanto lemos ou escrevemos!!!!!
Enquanto isso vou tentando, estudando, mudando, fazendo de novo e acreditando, sonhando, esperando que um dia as coisas irão dar certo!

domingo, 13 de junho de 2010

Feriado de Junho

Eu, Lara e minha mãe fomos passar o feriado de junho em Santiago do Chile. Foi tudo lindo!
Conhecer um lugar tão perto e tão diferente! Tão novo, antigo, frio, ensolarado. Com muito brasileiros!!!
Foi especial!

No jantar em um restaurante com dança típica.


Costurando minha bola de meia da aula de artes manuais.
Porto de Vinha de Mar
Val Paraiso - Oceano Pacífico
Cordilheira do Andes
Lara e eu subindo a Cordilheira dos Andes
Fazendo pose na neve
Outra pose com os Andes ao fundo! Muito chique rsrsrs
Na última noite. Bebendo um aperitivo típico do Chile: Pisco Sour! O restaurante chamava Giratório! E girava mesmo!!!! Estava no alto de um prédio que girava! Foi bem legal!

segunda-feira, 7 de junho de 2010

O Batalhão da letras

O BATALHÃO DAS LETRAS     (1948)

Aqui vão todas as letras,
Desde o A até o Z
Pra você fazer com elas
O que esperam de você...

Aí vem o Batalhão das Letras
E, na frente, a comandá-lo,
O A, de pernas abertas,
Montado no seu cavalo.

Com um B se escreve BALÃO,
Com um B se escreve BEBÊ,
Com um B os menininhos
Jogam BOLA e BILBOQUÊ.

Com C se escreve CACHORRO,
Confidente das CRIANÇAS
E que sabe seus amores,
Suas queixas e esperanças...

Com um D se escreve DEDO,
Que poderá ser mau ou sábio,
Desde o dedo acusador
Ao D do dedo no lábio...

O E da nossa ESPERANÇA
Que é também o nosso ESCUDO
mesmo E das ESCOLAS
Onde se aprende tudo.

Com F se escreve FUGA,
FRADES, FLORES e FORMIGAS
E as crianças malcriadas
Com F é que fazem FIGAS.

O G é Letra importante,
Como assim logo se vê:
Com um G se escreve GLOBO
E o globo GIRA com G.

Com H se escreve HOJE
Mas "ontem" não tem H...
Pois o que importa na vida
É o dia que virá!

O I é letra de ÍNDIO,
Que alguns julgam ILETRADO...
Mas o índio é mais sabido
Que muito doutor formado!

Com J se escreve JULIETA,
Com J se escreve JOSÉ:
Um joga na borboleta,
O outro no jacaré.

O K parece uma letra
Que sozinha vai andando,
Lembra estradas, andarilhos
E passarinhos em bando...

O L lembra o doce LAR,
Lembra um casal à LAREIRA!
O L lembra LAZER
Da doce vida solteira...

Com M se escreve MÃO.
E agora vê que engraçado:
Na palma da tua mão
Tens um M desenhado!

N é a letra dos teimosos,
Da gente sem coração:
Com N se escreve NUNCA!
Com N se escreve - NÃO!

Outras letras dizem tudo.
Mas o O nos desconcerta.
Parece meio abobalhado:
Sempre está de boca aberta...

Quem diz que ama a POESIA
E não a sabe fazer
É apenas um POETA inédito
Que se esqueceu de escrever...

Esse Q das QUEIJADINHAS,
Dos bons QUITUTES de QUIABO,
Era um O tão mentiroso
Que um dia criou rabo!

Os RATOS morrem de RISO
Ao roer o queijo do prato.
Mas para que tanto riso?
Quem ri por último é o gato.

Acheguem-se com cuidado,
De olho aceso, minha gente:
O S tem forma de cobra,
Com ele se escreve SERPENTE.

Li o T das TRANÇAS compridas,
Boas da gente puxar;
Jeito bom de namorar
As menininhas queridas...

O U é letra do luto!
O U do URUBU pousado
Nas negras noites sem lua
Num palanque do banhado...

Este V é o V de VIAGEM
E do VENTO vagabundo
Que sem pagar a passagem
Corre todo o vasto mundo.

Era uma vez um M poeta
Que um dia, em busca de uma rima,
Caiu de pernas pra cima
E virou um belo dábliu!
Coisa assim nunca se viu,
Mas é a história verdadeira
De como o dábliu surgiu...

Com um X se escreve XICARA,
Com X se escreve XIXI.
Não faças xixi na xicara...
O que irão dizer de ti?!

Ypsilon - letra dos diabos,
Que engasga o mais sabichão!
Por isso o povo e as crianças
A chamam de "pissilão"...

O Z é a letra de ZEBRA,
E letra das mais infames.
Com um Z os menininhos
Levam ZERO nos exames.

E todas as vinte e seis letras
Que aprendeste num segundo
São vinte e seis estrelinhas
Brilhando no céu do mundo!

terça-feira, 1 de junho de 2010

Muito tempo atrás

Quando em 2002, eu morei na Alemanha, passei por algo que pouco tem a oportunidade de passar.
Vivenciei as 4 estações do ano! Foi algo que me marcou muito!
Ontem minha irmã me mandou um mensagem de alguém que também passa por isso. Ela escreveu extamente o que se sente nesse momento.
A diferença é que cheguei no inverno, em Janeiro. Saudades de tudo aquilo


As quatro estações (01.05.2010)
(publicado no Blog do Noblat em 1 de maio de 2010).

Se existe uma coisa que eu nunca tinha experimentado em meus 41 anos de Brasil é a existência de quatro estações em um ano.


Cheguei aqui no auge do verão passado e a cidade era uma sauna a vapor. 36 graus durante o dia, e não melhorava muito na madrugada.


A luz do sol entrava pela noite, as ruas fervilhavam de gente, bandas de música passavam sob a minha janela às onze da manhã, tudo acontecia ao mesmo tempo e a cidade era uma festa permanente.


Percebi a chegada do outono já em meados de outubro: árvores começando a ficar nuas; folhas secas inundando as calçadas; um sol mais preguiçoso, que chegava mais tarde e saía mais cedo; a vizinhança se aquietando; o céu e o guarda-roupa empalidecendo.


O inverno veio com tudo em dezembro. Duas semanas antes do Natal, a paisagem mudou. Ainda não era a neve do início de março, mas o gelo invadiu sem piedade os espaços invisíveis de tudo e de todos.


O sol já não chegava à minha morada, só alcançava os três últimos andares do prédio. A penumbra se refletia nos semblantes, hermeticamente fechados como as janelas das casas.


Despidas, as árvores revelaram uma Barcelona que eu não conhecia, com um céu imenso, embora quase sempre cinzento.


Um dia, da varanda do apartamento de uma amiga, olhei para o lado e vi a Sagrada Família inteirinha. “Uai, ela não estava aqui antes”, pensei. Estava sim, atrás do plátano que se recolheu para esperar a primavera.


E a primavera chegou. Cansou de pedir passagem a um inverno atipicamente gélido e longo e resolveu impor-se, soberana.


Veio com um sortimento incrível de cores! Ainda não nas flores, que nem todas estão prontas, mas já nos rostos corados de sol, nas vitrines fosforescentes, no figurino cada vez mais vibrante dos passantes.


Veio e trouxe uma alma novinha em folha para Barcelona. É cada vez maior o número de casais, de todas as formações possíveis, caminhando de mãos dadas pelas ruas.


As praias recomeçam, aos poucos, a ser povoadas. Por gente de todo tipo, com casaco, sem casaco, com roupa, sem roupa, com farofa e sem farofa.


É comum, durante a semana, ver grupos almoçando na areia das praias mais afastadas do centro, a roupa dobrada ao lado enquanto o corpo desenferruja, sem lenço nem documento. Depois de uma horinha, é só tirar o excesso de areia, vestir a meia fina e voltar ao trabalho.


Quem tem mais tempo arrisca um banho de mar, ainda que seja de cuecas. Depois de quatro meses de pele mofando sob casacos pesados e escuros, não há lugar para pudor nas areias de Barcelona.


Eu nunca tinha sentido o cheiro da primavera. É suave, fresco e ligeiramente adocicado, como os morangos da temporada.


É um cheiro de sol secando a roupa na varanda e entrando pelas portas reabertas. Cheiro de criança correndo suada pelo parque, de folhagem brotando, de pressa de viver.


Se no inverno eu contava o tempo em segundos que nunca terminavam, me vejo agora – e a todos em volta – correndo contra o tempo para não perder um só minuto.


Por mais longos que sejam os dias, eles ainda são pequenos para tudo o que não foi feito enquanto estávamos encolhidos debaixo do edredom.


Multiplicam-se os happy hours, agora com as mesas ao ar livre, e os bares são tomados por torcedores de última hora a cada jogo do Barça.


Tudo é motivo de festa. Você pode dormir ouvindo a banda de rock que faz um show na praça lotada e acordar com a missa da Santa Maria del Mar escapando pelos alto-falantes e ocupando o Passeig del Born.


Isso porque a temperatura ainda está na faixa dos 20 graus, muito longe do que se anuncia para julho e agosto! Mas já está todo mundo preparando suas chanclas, tanto que a mais famosa das marcas brasileiras instalou-se coloridíssima ao lado da Plaza Catalunha.


Semana passada fiz a mudança no guarda-roupa: sobem botas e casacos, descem vestidos, regatas e havaianas. Feliz e radiante, mas já com uma pontinha de saudade.


É que, quando o verão chegar, terá se cumprido meu ciclo por aqui, e eu não poderei sentir o cheiro da próxima primavera.


Ainda bem que ela está só começando!


Anamaria Rossi